ATA DA CENTÉSIMA DÉCIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 30-11-2016.

 


Aos trinta dias do mês de novembro do ano de dois mil e dezesseis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, na qual registraram presença Adeli Sell, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Dinho do Grêmio, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, José Freitas, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Prof. Alex Fraga, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, registraram presença Airto Ferronato, Delegado Cleiton, Dr. Goulart, Dr. Thiago, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Lourdes Sprenger, Luciano Marcantônio, Mario Manfro, Mauro Zacher, Márcio Bins Ely, Reginaldo Pujol, Rodrigo Maroni e Valter Nagelstein. À MESA, foram encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 211/16 e o Projeto de Resolução nº 061/16 (Processos nos 2056 e 2601/16, respectivamente), de autoria da Mesa Diretora; o Projeto de Resolução nº 041/16 (Processo nº 1872/16), de autoria de Cassio Trogildo; os Projetos de Lei do Legislativo nos 249 e 253/16 (Processos nos 2517 e 2521/16, respectivamente), de autoria de Delegado Cleiton; os Projetos de Lei do Legislativo nos 112 e 235/16 (Processos nos 1198 e 2413/16, respectivamente), de autoria de Márcio Bins Ely; e o Projeto de Lei do Legislativo nº 224/16 (Processo nº 2265/16), de autoria de Sofia Cavedon. Também, foi apregoado o Ofício nº 964/16, do Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 031/16 (Processo nº 2611/16). Ainda, foi apregoado Requerimento de autoria de Jussara Cony (Processo Eletrônico nº 05667/16), deferido pelo Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, do dia dois ao dia cinco de dezembro do corrente, no III Encuentro Nacional de Salud, em Buenos Aires, Argentina. Após, por solicitação de Cassio Trogildo, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma a jogadores e equipe técnica da Associação Chapecoense de Futebol e a jornalistas que faleceram em acidente aéreo ocorrido na Colômbia, no dia vinte e oito de novembro do corrente. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se Tarciso Flecha Negra. A seguir, o Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, a Jacqueline Terezinha Urroz Sanchotene, Coordenadora do Movimento Viva Gasômetro, que discorreu sobre o Parque do Gasômetro e o Largo do Gasômetro. Em continuidade, nos termos do artigo 206 do Regimento, Bernardino Vendruscolo, Adeli Sell, Tarciso Flecha Negra, Sofia Cavedon, Fernanda Melchionna, Clàudio Janta, Jussara Cony, Márcio Bins Ely e Airto Ferronato manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. A seguir, o Presidente concedeu a palavra, para considerações finais sobre o tema em debate, a Jacqueline Terezinha Urroz Sanchotene. Os trabalhos foram suspensos das quatorze horas e cinquenta e seis minutos às quatorze horas e cinquenta e oito minutos. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciou-se Rodrigo Maroni. Após, foi apregoado Requerimento de autoria de Paulo Brum, solicitando Licença para Tratamento de Saúde do dia vinte e oito de novembro ao dia primeiro de dezembro do corrente. Em prosseguimento, foi iniciado o período de COMUNICAÇÕES, hoje destinado, nos termos do artigo 180, § 4º, do Regimento, a tratar do trabalho desenvolvido pela Companhia Municipal de Dança de Porto Alegre. Compuseram a Mesa: Delegado Cleiton, presidindo os trabalhos, e Airton Tomazzoni, Diretor da Companhia Municipal de Dança de Porto Alegre. Após, o Presidente concedeu a palavra a Airton Tomazzoni, que se pronunciou sobre o tema em debate. Em COMUNICAÇÕES, nos termos do artigo 180, § 4º, inciso III, do Regimento, pronunciaram-se pronunciaram-se Adeli Sell, Márcio Bins Ely, Tarciso Flecha Negra, Sofia Cavedon, Fernanda Melchionna e Jussara Cony. A seguir, o Presidente concedeu a palavra, para considerações finais, a Airton Tomazzoni. Em prosseguimento, foram apregoados o Projeto de Resolução nº 058/16 (Processo nº 2568/16), de autoria de João Bosco Vaz; e os Projetos de Lei do Legislativo nos 054/15 e 239/16 (Processos nos 0562/15 e 2429/16, respectivamente), de autoria de Márcio Bins Ely. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Idenir Cecchim, Bernardino Vendruscolo, Jussara Cony, Sofia Cavedon, Adeli Sell e Dr. Thiago. Na ocasião, foi aprovado Requerimento verbal formulado por Prof. Alex Fraga, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 229 e 236/16, o Projeto de Lei do Executivo nº 044/15 e os Projetos de Resolução nos 055 e 056/16; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Executivo nos 027 e 029/16 e o Projeto de Lei do Legislativo nº 092/16. Durante a Sessão, Idenir Cecchim, Elizandro Sabino, Reginaldo Pujol e Jussara Cony manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezesseis horas e trinta e três minutos, constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada por João Bosco Vaz, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a próxima sessão ordinária. Os trabalhos foram presididos por Cassio Trogildo e Delegado Cleiton e secretariados por Adeli Sell. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.

 


O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Esta Presidência faz um requerimento solicitando um minuto de silêncio pela tragédia ocorrida com os jogadores e equipe técnica da Associação Chapecoense de Futebol, bem como com a equipe de reportagem então presente.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa tarde, Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, todos que nos assistem: uma semana de muita tristeza. Protocolei, nesta Casa, uma Moção de Solidariedade a todas as vitimas do terrível acidente ocorrido na madrugada de segunda-feira com o avião que levava a delegação da Chapecoense, jornalistas, convidados, até a Colômbia onde a equipe catarinense disputaria o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana. A semana começou muito difícil para todos os brasileiros, todos acordamos com a notícia da morte de dezenas de pessoas que viajaram em busca de um sonho e não voltaram para rever os seus familiares. Das 81 pessoas a bordo, 75 estão mortas, apensas seis sobreviventes: um jornalista, dois integrantes da tripulação e três jogadores do clube catarinense. A queda do avião foi um forte golpe para Chapecó. A Chapecoense contava apenas com títulos locais, fundada em 1973, a partir da união de duas equipes amadoras de futebol da cidade, Atlético de Chapecó e Independente. Em um curto período, o pequeno clube do interior catarinense chegou à elite do futebol brasileiro, o sucesso vinha fazendo com que o time fosse apontado como exemplo de gestão neste País. O fim repentino de ciclo vitorioso vem sendo encarado com muita tristeza em todo o Brasil, especialmente na cidade de 160 mil habitantes do oeste catarinense. Na manhã dessa terça-feira, torcedores cercaram o estádio do time e iniciaram uma vigília com orações e homenagens aos jogadores e comissão técnica vítimas do acidente. A Chapecoense vivia um momento iluminado. O Brasil inteiro estava torcendo, mas esse trágico acidente que deixou o mundo todo abalado, colocou um ponto final nos sonhos. A cidade de Chapecó ficará para sempre marcada por esse acidente. Agora, prioridade é confortar as famílias, rezar pela recuperação dos poucos sobreviventes, e que Deus os tenha num lugar maravilhoso.

Eu perdi dois grandes amigos: o Caio Júnior, treinador com o qual joguei três anos no Grêmio e o Mário Sérgio, quem tive o prazer de conhecer e de disputarmos um título inédito. Nada pode ser maior do que campeão do mundo e o Mário nos ajudou a trazer esse título ao Rio Grande do Sul.

Eu sei como é difícil, o jogador de futebol, Alex, Presidente, vive no avião e no gramado, porque sai do avião e vai para o hotel e gramado; sai do gramado vai para o hotel e avião. Eu sei porque, desde 1970, eu ando nos aviões. E nós, jogadores, levamos uma coisa no coração: fazer o torcedor ser feliz e ganhar. Nós vamos com a mala cheia de sonhos e, nesse caso, aconteceu o que todos nós presenciamos. Quero, também, mandar um abraço muito carinhoso à família dos Biteco, mãe, pai, irmão; o Matheus iria brilhar muito no nosso futebol mundial. Infelizmente, Presidente, esse acidente cessou muitos sonhos de familiares dos jogadores de 23, 24, 25 anos. E Oxalá, que nosso grande Pai ajude essa cidade a recuperar tudo. Chapecó merece, porque ali foi uma família, uma família verde. Que Deus os abençoe, que Nossa Senhora ilumine essas famílias. O jogo continua. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Obrigado, Ver. Tarciso, parabéns pelas palavras.

Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

A Tribuna Popular de hoje terá a presença do movimento Viva Gasômetro, que tratará de assunto relativo ao Parque e ao Largo do Gasômetro. A Sra. Jacqueline Sanchotene, Coordenadora do movimento, está com a palavra, pelo tempo regimental de 10 minutos.

 

A SRA. JACQUELINE SANCHOTENE: Boa tarde, Sras. Vereadoras; boa tarde, Srs. Vereadores; boa tarde, público em geral; próximo a comemorarmos o nosso aniversário de dez anos, que serão completados no próximo dia 16 de dezembro, ocupamos, mais uma vez, o espaço da Tribuna Popular, concedido por esta Casa. Será a nossa 16ª Tribuna, que, somada aos dois períodos de Comunicações temáticas, perfazem o total de 18 espaços concedidos pela Câmara Municipal ao movimento Viva Gasômetro. Agradecemos a todos os Vereadores, às Mesas Diretoras a cedência deste espaço. Sem eles, dificilmente teríamos tido sucesso nas lutas que empreendemos em favor de melhorias para o Centro, especialmente, para o Gasômetro.

Em primeiro lugar, queremos agradecer ao Prefeito Municipal José Fortunati as obras que estão acontecendo na praça Júlio Mesquita. Essas obras trarão mais qualidade ao nosso espaço, e a população do entorno está feliz e ansiosa com a proximidade da reabertura da praça. Embora as obras feitas na praça Júlio Mesquita estejam sendo executadas pelo projeto Orla, consideramos este o início das obras do Corredor Parque Gasômetro. Sobre este, ainda temos muito que executar, como calçadas e uma melhor arborização na praça Brigadeiro Sampaio, que também compõe o Corredor Parque Gasômetro. Ainda sobre o nosso parque, temos a outra ponta, localizada frente a esta Casa, onde está inserida a Usina de Gás Carbonado, datada de 1874, que deu origem à denominação daquele local – Gasômetro. A Usina de Gás Carbonado foi tombada pelo IPHAN. Existe a possibilidade da sua recuperação e a consequente ocupação daquele espaço por entidades culturais, tais como o Museu de Antropologia do Rio Grande do Sul. Também sobre o nosso Parque, não esquecemos o rebaixamento da via; continuaremos lutando para que esse rebaixamento aconteça junto aos eleitos para os próximos quatro anos, no Executivo e na Câmara Municipal. Desejamos que esse rebaixamento aconteça, na frente e no entorno da Usina, que conhecemos como Usina do Gasômetro, para que haja, assim, uma interlocução verdadeira com a orla. O projeto conquistado pela população de Porto Alegre através do Viva Gasômetro e pouco lembrado – o Largo Cultural do Gasômetro –, aguarda regulamentação desta Casa. Essa regulamentação está no Plano Diretor de nossa Cidade, nas Disposições Transitórias, no artigo 154, no inciso XXI, e mediante a finalização das obras na Praça Julio Mesquita, onde a questão do Largo Cultural do Gasômetro torna-se imperiosa. Temos preocupação quanto à manutenção da qualidade dos equipamentos colocados na Praça Júlio Mesquita. Outras questões que nos preocupam com relação ao Gasômetro é o estado em que se encontra o local previsto para a construção do futuro teatro da OSPA, ao lado desta Casa. Além do já citado, preocupa-nos também, e muito, o casarão invadido e abandonado nas esquinas das Ruas General Salustiano com Riachuelo. Sonhamos ainda para o nosso Centro a volta do bonde histórico, cujo projeto está na Prefeitura Municipal, e também a recuperação da bela escadaria da Rua João Manoel, localizada entre as Ruas Duque de Caxias e Fernando Machado, além de uma série de equipamentos para a Escola Porto Alegre, cujas instalações provisórias são usadas há mais de 25 anos. Por fim, desejamos a todos, exitosos mandatos para todos os eleitos em 2016 em nossa Cidade, especialmente ao Prefeito eleito Nelson Marchezan. Muito da qualidade de vida dos moradores da nossa Porto Alegre depende do êxito desses mandatos. Para todos os eleitos, independente de partido, nosso movimento está aberto a conversar para sugerir o que consideramos melhorias para a nossa Cidade.

Por fim, nos despedimos desta Tribuna e enviamos nossos sentimentos a todos os enlutados pela tragédia da última segunda-feira à noite. É impossível para nós, do Viva Gasômetro, ignorar esses acontecimentos. Queremos desejar a todos um feliz 2017, com mais amor. E parafraseando o nosso sempre Vereador e Prefeito da nossa Cidade, João Dib: Saúde e Paz. Um abraço a todos. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Convidamos a Sra. Jacqueline Terezinha Sanchotene a fazer parte da Mesa.

O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, eu não poderia deixar de registrar aqui o nosso apoio, até porque ano que vem eu não vou estar aqui. Por 16 vezes fazendo as reivindicações aqui nesta Casa, eu posso quase que brincar e dizer que a senhora é a patrona viva do Gasômetro. Que bom que senhora está, esse tempo todo – evidentemente lamento pelo tempo –, reivindicando. Eu não tenho informações, espero que, a partir do ano que vem, com aquela orla revitalizada, possam criar algo com mais facilidade de acesso à orla. Ali se faz necessária, urgentemente, a construção de uma passarela, mas não uma passarela qualquer, algo que, com conforto, as pessoas possam passar para o outro lado, sem se sujeitarem às questões do trânsito. Quero cumprimentá-la. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ADELI SELL: Falo aqui em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, da Ver.ª Sofia Cavedon, nossa Líder, do Ver. Comassetto e do Ver. Sgarbossa. Minha cara Jacqueline, nós queremos empenhar a nossa solidariedade a essa luta importante que é travada pelo Viva Gasômetro. Até queria sugerir ao nosso Presidente, quem sabe leve para a Mesa Diretora, agora que está sendo finalizada a Praça Júlio Mesquita, que a Câmara de Vereadores pudesse adotá-la, porque ela é nossa vizinha, e junto com o Viva Gasômetro pudéssemos fazer muitas atividades externas. Algumas atividades que comportariam um início ou um fim aqui na Casa, Ver. Cassio Trogildo, na parte externa, além dos espaços que nós já temos aqui, que são utilizados, muitas vezes, com exposição de carros, etc., mas que também a Praça Júlio de Castilhos fosse uma parceria com os moradores de todo aquele entorno, do nosso entorno, em última análise, porque eu acho que a Câmara de Vereadores tem que viver na rua, também, em parceria com o Viva Gasômetro. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Parabéns, Jacqueline. Somos vizinhos do Gasômetro, que frequento dia a dia nas minhas caminhadas aos domingos. Faço o mesmo pedido do Ver. Bernardino, porque o que mais me pedem para o Centro é uma passarela, porque agora nós vamos ter aquela praça linda, Presidente, e muitas crianças, muitos jovens a frequentarão, e nós precisamos de uma passarela digna, porque a orla está ficando linda, o Gasômetro lindo. Por tudo aquilo ali eu quero parabenizar o movimento. Contem com o nosso partido, o PSB. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento, pela oposição.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Jacqueline, Vereadores e Vereadoras, sei que a demanda da passarela é uma solução mediadora, não é a melhor. Quero lembrar de toda luta e dizer para todos que o movimento Cais Mauá não desistiu da luta – nem vocês, não é Jacque? Vamos somar essas lutas para que nós possamos integrar de verdade o Cais do Porto com as duas praças e com a Usina como um todo. Nós não desistimos do sonho do rebaixamento, da integração. Conta com a gente neste sentido: que o Centro Histórico de fato se humanize e se dinamize junto com o Cais do Porto. Nós não queremos uma ilha de um lado e o empobrecimento, a violência do outro lado. Então, nesse sentido, estamos juntos. Parabéns pela tua luta.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Presidente Cassio, eu queria, em nome do PSOL – em meu nome e do Ver. Prof. Alex –, cumprimentar a Jacqueline, o movimento. Nós acompanhamos, aqui na Câmara de Vereadores, em muitas tribunas, em comparecimentos, teu empenho nessa luta, como uma forma de sensibilizar o Parlamento Municipal para uma pauta tão importante para os moradores do Centro Histórico e para a cidade de Porto Alegre. Lembramos bem da luta que fizemos juntos para que a Praça Júlio Mesquita não fosse um estacionamento. E se não houvesse a mobilização, infelizmente, uma praça que é um espaço fundamental para os moradores do Centro, talvez, hoje, fosse tomada pelo concreto e por mais um estacionamento na nossa Cidade.

Então, quero te parabenizar, fazendo este reconhecimento público. Quero dizer que nós somos parceiros desta luta do parque, ao mesmo tempo, uma luta para uma cidade para as pessoas, e não uma cidade dos negócios em que a convivência é mediada pela possibilidade de consumo, que, infelizmente, é a lógica que vem sendo implementada pelo Município de Porto Alegre. É uma lógica, como é a lógica imposta para o projeto Cais Mauá, em que nós vemos shopping, estacionamento, um muro que inviabilizará uma bela vista, não é? Ao contrário daquilo que nós esperávamos, que é a revitalização do Cais para melhorar a vida da nossa população, com bibliotecas, com livrarias, com espaços públicos de lazer, restaurantes também. Mas infelizmente a lógica é outra, as lógicas dos espigões, dos shoppings, e a lógica que se quer um único ponto, que era progressivo, num projeto que era todo ruim, que era o rebaixamento, foi excluído mesmo após o processo discutível licitatório. Então, contem conosco nesta luta, comigo e com o Ver. Alex Fraga, com a nossa bancada, a qual se somará, no próximo ano, Roberto Robaina. Essas são lutas necessárias para o futuro e para o presente, para que a gente garanta uma cidade para a população e não uma cidade da especulação. Parabéns, e contém com a gente.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. CLÀUDIO JANTA: Boa tarde Jacque e todos os ativista do Viva Gasômetro, uma entidade que sou fã e participante e quem vem humanizando, antes mesmo de surgir o projeto de humanizar aquela região. Essa entidade vem integrando aquela região para a cidade de Porto Alegre, fazendo grandes eventos, levando aquele ponto da Cidade a respirar, a ter cultura, a ter vida. Então, quero dizer que, diferente do Ver. Bernardino que não quis mais participar aqui, desta Casa, o ano que vem estaremos aqui e estaremos sempre à disposição dessa entidade que vem prestando um grande serviço à cidade de Porto Alegre. Parabéns a ti e a todos os membros.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente, em nome da Bancada do PCdoB e em meu próprio, quero cumprimentar a Jaqueline – mais uma vez aqui –, representando todo um movimento, todo um processo de luta que existe na cidade de Porto Alegre. Primeiro, situando dentro do significado do nosso Centro Histórico, porque ali está a memória histórica, cultural, artística, e também a ocupação desses espaços na preservação do que é patrimônio histórico, e eu até chamo de patrimônio histórico imaterial do povo da cidade de Porto Alegre, um patrimônio do Rio Grande do Sul, um patrimônio do Brasil. Nós temos vários exemplos no entorno daquela região, inclusive o nosso lago Guaíba, que significa muito, desde o processo de chegada aqui dos primeiros habitantes, que foram os guaranis. Então acho que essa memória histórica é importante.

E o significado da luta do movimento Viva Gasômetro em relação ao parque do Gasômetro e o largo do Gasômetro. Eu acho que é um dos pontos decisivos da nossa dinamização cultural, essa ocupação do espaço, essa integração de todo o complexo. Acho que nós temos que estar muito atentos. Esse movimento tem que ser reconhecido pela sua atenção, pela sua dedicação, porque nós temos que estar muito atentos, vários movimentos, para revitalizar nossa Cidade através da participação de vários movimentos e da população. Nós não queremos o cerceamento desta Cidade, nós queremos a convivência que antagonize; nós queremos que a nossa Cidade seja revitalizada através dessa participação de vários movimentos que, inclusive, vão antagonizar com a ocupação de espaços que disponibilizem a Cidade na sua horizontalidade e na revitalização da convivência humana, e não numa verticalidade imposta que exclui, sim, essas relações humanas de que nós estamos tanto precisando. Nós teremos, logo após a Tribuna Popular, o período de Comunicações com um tema, também, muito importante que trata de um aspecto da cultura fundamental. Neste momento, eu quero te cumprimentar e agradecer, na convivência que tivemos contigo nesses quatro anos aqui, foram momentos de trocas de experiências e ensinamentos que vocês trouxeram, até para pautar votações e articulações políticas importantes para que a Cidade seja de todos e não apenas daqueles que a olham sob os interesses do capital.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr. Presidente, querida Jacque, permita-me chamá-la assim, presidente do Viva Gasômetro, em nome da Bancada do PDT, Ver. Mauro Zacher, Ver. João Bosco Vaz, Ver. Delegado Cleiton, e deste Vereador, quero cumprimentá-la, você, que é uma batalhadora desde a revisão do Plano Diretor, desde o projeto de revitalização do Parque Gasômetro, a qual acompanhamos em 2009, 2010, 2011 e 2012, quando Secretário do Planejamento, a sua batalha incessante, também, como moradora, as transformações que já estão ocorrendo, a queda das árvores, enfim, toda a realidade que vem dia a dia se transformando naquela ponta tão importante da Cidade, uma referência de patrimônio cultural edificada, a nossa Usina do Gasômetro, tudo aquilo que aquele entorno representa para a Cidade. Quando vemos os aerolevantamentos e as fotos de como era e de como está evoluindo, acreditamos que a revitalização também será um reencontro importante da Cidade com o Guaíba. Então, queremos cumprimentá-la pela batalha, independente de algumas posições, talvez, divergentes em determinados momentos. Acho que a qualificação de espaços urbanos coletivos agrega valor para a Cidade e qualidade de vida para a as pessoas. Nesse sentido, queremos cumprimentá-la pela batalha cotidiana, por sempre estar aqui dando a cara para bater, como diz o ditado, e querendo que as coisas aconteçam. Cumprimentos pela perseverança. Um abraço grande em nome da minha bancada.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, falo em meu nome, em nome do Ver. Paulinho Motorista, em nome do nosso partido, PSB. Em primeiro lugar, quero deixar um abraço à amiga Jacqueline e dizer que vem de muito tempo a luta de vocês nessa questão do Parque. E você tem acompanhado comigo desde o Plano Diretor, em que estabelecemos algumas questões, e, aos poucos, elas se encaminham, talvez bastante lentamente, mas eu vejo como o surgimento de algo interessante para a cidade de Porto Alegre. E isso que está acontecendo tem bastante, sim, da tua presença, participação e constante luta, tanto fora quanto aqui dentro da Câmara, que tu tens chegado com muita frequência. Um abraço a ti e a todo pessoal que luta pelo Parque do Gasômetro, que é, sim, uma conquista de Porto Alegre. Aquele abraço a vocês que estão conosco na tarde de hoje. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): A Sra. Jacqueline Sanchotene está com a palavra para as suas considerações finais.

 

A SRA. JACQUELINE SANCHOTENE: Bom, em primeiro lugar, quero agradecer a todos que se manifestaram: Ver. Bernardino Vendruscolo, Ver. Adeli Sell, Ver. Tarciso, Ver.ª Sofia, Ver.ª Fernanda, Ver. Janta, Ver.ª Jussara, Ver. Márcio, Ver. Ferronato. Eu já me sinto amiga de todos, porque já são dez anos de Casa. E fico muito emocionada, sempre que venho, porque a gente luta com o coração. Eu gostaria de lembrar uma pessoa que não está mais aqui presente e que foi muito importante na extinção da possibilidade de estacionamento na Praça Júlio Mesquita, que é o sempre Ver. Professor Garcia. Nós somos muito gratos a ele. Então, sem ele, teria sido difícil. Ele, com a força da presidência, nos ajudou muito.

Gostaria também, pretensiosamente, de sugerir ao Vereador Presidente Cassio Trogildo de tentarmos fazer uma Lei Complementar do Largo Cultural do Gasômetro, que ainda não está feita, está no Plano Diretor, e acho que vai ser bastante importante se pudermos sentar com alguns membros do movimento e com V. Exa. em alguma audiência para que possamos sugerir algumas formas desse largo cultural. Muito obrigada mesmo, de coração, para todos vocês. Obrigada à turma do Viva Gasômetro que veio aqui, o Orlando, o Alan, o Isaías, que também é da banda, e o fotógrafo de plantão. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Cassio Trogildo): Obrigado, Jacqueline, por sua presença, bem como a de todos que nos acompanharam. Quero dizer que, na quinta-feira passada, tive a honra e a oportunidade de assumir como Prefeito em exercício e fiz uma visita ao trecho 1 da obra da Orla e, inclusive, visitei a Praça Júlio Mesquita, que está realmente muito bonita. As obras desse primeiro trecho estão aprazadas para serem entregues no dia 25 de dezembro, realmente será um grande pressente de Natal para a cidade de Porto Alegre. Logicamente, a gente trabalha sempre com situações ideais, mas me parece que não como condição ideal, mas como condição possível aquela aproximação da Rua Riachuelo, entrando para dentro da orla, realmente não é a solução ideal, mas ali, com o tempo, com um semafórico apropriado, acredito que teremos uma minimização das condições de segurança para que haja aquela integração no primeiro momento. Tenho certeza de que isso tem muito a ver com a luta do Viva Gasômetro. Então, vocês estão todos de parabéns. A cidade de Porto Alegre está de parabéns porque realmente teremos uma orla que será propicia para quem aqui vive usufruir e também para podermos ingressar numa capacidade de receber os turistas, para que eles possam apreciar as nossas belezas naturais, tendo um belo local para serem recebidos. Muito obrigado, um grande abraço. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h56min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton – às 14h58min): Estão reabertos os trabalhos.

O Ver. Rodrigo Maroni está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. RODRIGO MARRONI: Boa tarde, Ver. Delegado Cleiton, que está conduzindo os trabalhos, eu trabalho com a questão da causa animal, não escondo isso de ninguém, e ontem à noite tive mais um caso, quando fui chamado para ajudar num caso de um animal vítima do descaso e da maldade humana. Eram dez horas da noite quando recebi uma ligação de uma senhora que mora lá na Vila Cruzeiro, divisa com o bairro Cristal, na rua Jacuí. Ela dizia que havia uma cadela espumando pela boca e pelos olhos. Imediatamente corri para o local. Ela disse que tinha já tentado ligar para os órgãos competentes, no caso a Secretaria Especial dos Direitos Animais, mas é aquilo que a gente comenta, depois das 17h não tem quem responda pelos animais. Quando cheguei lá era fatal, não tinha mais como reverter a situação. Esse animal estava já morto, ainda tentei reanimá-lo, mas já fazia mais de vinte ou trinta minutos que ele estava morto. Essa senhora ficou desde as seis da tarde tentando fazer com que algum órgão fosse lá para ajudar esse animal que estava agonizando. Foram quase quatro horas de agonia, pelo cálculo dela. Então foi mais uma vítima do descaso humano com os animais.

Mas eu queria aqui mencionar que, a convite de uma pessoa que já trabalhou comigo, foi meu assessor, parceiro, me ajudou na campanha, o Jorge Gomes, ao qual tenho um orgulho bastante grande pela história de vida e fundamentalmente pelo que se transformou, escreveu livro, deu palestra, é um indivíduo pelo qual eu tenho uma admiração, e a irmã dele, junto com seu esposo, me fizeram conhecer, Ver.ª Sofia – inclusive entro aqui com um tema que tu gostas –, um menino muito especial que está aqui com a tocha e com as medalhas na mão, o Yago. Eu vou fazer uma homenagem, no nosso mandato na Câmara de Vereadores, ao Yago que é o primeiro patinador autista do Brasil, Ver. Prof. Alex. Ele patina, ele disputa campeonatos. A mãe dele comentou que, no início da vida, quando criança, ele tinha um comportamento tido como normal, e, a partir dos dois anos, acabou desencadeando e mostrando essa dificuldade que, pelos médicos, seria irreversível. Conheci o Yago na semana passada, e hoje, conversando com ele, vejo que ele é um exemplo maior do que eu, maior do que qualquer um de nós, por ter vencido, tendo uma dificuldade que seguramente... A gente é do tamanho dos nossos desafios, eu sempre digo isso. Ele é um vencedor, porque conseguiu superar todos os limites daquilo que tinham colocado como limitador para ele. Hoje, conversando com ele, qualquer pessoa pode ter contato com o Yago e ver que ele é uma figura inteligente, com uma capacidade extrema, uma sensibilidade muito grande e que me dá muito orgulho de trazer aqui na Câmara de Vereadores. Eu fiz algumas homenagens aqui neste ano e pouco como Vereador, e quero dizer, Gomes, que, seguramente, eu trato o Yago como uma das mais especiais homenagens que eu fiz, porque o Yago representa exatamente isso que eu falo: a superação...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. RODRIGO MARRONI: ...e que o ser humano é do tamanho daquilo que ele quer ser. Todos nós nascemos com um coração, nascemos com um organismo e nascemos com uma mente; todos nós temos limitações; todos nós temos um pouco de uma doença, seja até uma ansiedade, uma depressão; todos nós, em algum momento da vida, podemos nos abater pelas situações que a gente enfrenta, mas a superação do ser humano é justamente isso: é aquilo que a gente acredita que pode ser.

Tem uma frase que é muito clichê, mas que fala muito do momento do que eu estou falando aqui do Yago, e eu me lembro de que o meu pai comentava comigo, Fernanda, quando eu era criança, que é aquela frase famosa que diz que, sem saber que era impossível, ele foi lá e fez. E o Yago é exatamente isso. Talvez, sem saber que era impossível, ele foi lá e fez, e hoje é o primeiro patinador que traz muito orgulho para o Rio Grande do Sul. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Paulo Brum solicita Licença para Tratamento de Saúde no período de 28 de novembro a 1º de dezembro de 2016.

Saúdo a presença do amigo Orlando. Sinta-se à vontade aqui na nossa Casa, Orlando.

Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

Hoje, este período é destinado à apresentação do trabalho desenvolvido pela Companhia Municipal de Dança de Porto Alegre, trazido pelo Sr. Airton Tomazzoni, Diretor da Companhia Municipal de Dança de Porto Alegre, a quem convidamos a compor a Mesa.

O Sr. Airton Tomazzoni, Diretor da Companhia Municipal de Dança de Porto Alegre, está com a palavra.

 

O SR. AIRTON TOMAZZONI: Boa tarde, nobres Vereadores e Vereadoras da nossa Cidade. É com muita honra e satisfação que venho aqui falar sobre a Companhia Municipal de Dança de Porto Alegre, um sonho que foi acalentado por mais de 70 anos pelas pioneiras da dança aqui na Cidade, como a Lia Bastian Meyer e a Tony Petzhold; um sonho que começa a se tornar realidade mudando uma história. Quando eu comecei como bailarino em Porto Alegre, era comum as pessoas dizerem para a gente – profissionais da dança – que o futuro de um bailarino ou de uma bailarina em Porto Alegre era o Aeroporto Salgado Filho, porque a gente tinha que ir embora de Porto Alegre para seguir uma carreira profissional. Infelizmente, não havia iniciativas que dessem estofo para se manter em Porto Alegre como um bailarino ou como uma bailarina profissional. Esse sonho começou a se tornar realidade em 2014 – depois de, desde 1995, ser uma demanda recorrente nas Conferências Municipais de Cultura, um clamor da comunidade cultural –, quando o atual Governo, numa parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e de Educação, se sensibilizou e decidiu começar um projeto-piloto a fim de avaliar a viabilidade da implantação de uma companhia municipal aqui na nossa Cidade. Esta curta história que completa dois anos já mostrou um animador resultado: nesses dois anos, a Companhia Municipal de Dança produziu cinco espetáculos, atendendo a um público de mais de 20 mil espectadores e conseguindo democratizar o acesso à arte da dança na nossa Capital. Além disso, o projeto da Companhia também se propôs à implantação das escolas preparatórias de dança, que hoje funcionam em cinco escolas municipais de Porto Alegre, na Restinga, Sarandi, Passo das Pedras, Vila Cruzeiro e Vila Mario Quintana, atendendo 512 crianças e jovens que têm a oportunidade, na periferia, de fazer aulas de dança gratuitamente, podendo, dessa forma, fora do seu horário escolar, complementar com atividades, e inclusive evitar ficar à mercê do tráfico e de outras violências a que podem estar sujeitas.

A Companhia Municipal de Dança veio sinalizar essa possibilidade, essa valorização pública dos profissionais da dança aqui na nossa Cidade, numa integração entre a SMED e a SMC, e mobiliza, além de tudo, uma cadeia produtiva de mais de 80 profissionais, gerando emprego e renda para coreógrafos, cenógrafos, figurinistas, produtores, costureiras, enfim, toda uma cadeia produtiva que, muitas vezes, fica à sombra dos palcos, mas que é fundamental para que a vida de um artista, de um bailarino ou bailarina possa existir. Então esse quadro já vem sendo modificado como um projeto que vem acontecendo desde 2014, e que, para nossa felicidade, chega a esta Casa com duas ações: uma emenda orçamentária que garante os recursos para a sua continuidade em 2017, e um projeto de lei do Executivo que garante a sua criação e oficialização para que ela deixe de ser simplesmente uma política de Governo e possa ser uma política de Estado permanente, regular e continuada, a fim de que, realmente, o que está sendo plantado não seja simplesmente um projeto eventual, mas uma política pública eficaz, eficiente e capaz de transformar a cena da nossa Cidade a partir deste investimento que se multiplica na área da dança. Obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado. O Ver. Adeli Sell está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Ver. Delegado Cleiton; meu caro Airton; dançarinos e dançarinas; cidadãos e cidadãs de Porto Alegre; é por demais gratificante recebê-los aqui, porque Porto Alegre é esta Cidade encantadora, da multicultura, de várias atividades culturais, mas, em alguns momentos ou em algum momento, a nossa Cidade moderna deixa de ser moderna, regride, retroage. Nós ainda temos a OSPA, bancada por uma fundação do Estado do Rio Grande do Sul. A nossa Banda Municipal, que já foi “a” Banda Municipal – eu tenho mantido alguns contatos, o pessoal tem nos procurado – está longe de ser e de poder ser, porque não tem a infra necessária, Delegado Cleiton, para ser novamente “a” Banda Municipal. Mas agora nós queremos “a” Companhia de Dança Municipal, sublinhada, grafada, negritada, gritada, porque nós precisamos de mais arte, de mais encantamento, de mais vida. Inclusive, Ver.ª Sofia, nossa Líder, acho que se as pessoas não se espantassem, eu diria que é hora de sair da toca, do ninho, do casulo, tomar as praças, os parques. Por isso, anteriormente, propus que a Mesa Diretora encampasse, adotasse a Praça Júlio Mesquita, aqui na frente, e que, em alguns momentos, nós tivéssemos o circo na rua, o teatro na rua, a dança na rua, a banda na rua, livros a mancheias! Nós precisamos disso! Porto Alegre já foi a capital cultural do Brasil em alguns momentos, chegou a disputar os encantos da cultura com Buenos Aires! Mas, hoje, fecham-se livrarias! Museus ficam fechados nos finais de semana! O Júlio de Castilhos é um exemplo disso. O Memorial também! Nós queremos muita dança, muita alegria, muita vida! Por isso nós apoiamos a nossa Companhia de Dança de Porto Alegre.

 

O Sr. Airto Ferronato: V. Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Meu caro Ver. Adeli Sell, muito obrigado pelo aparte, serei breve. Quero trazer meu abraço ao Tomazzoni e dizer que estamos acompanhando; sei que está chegando na Câmara um projeto que cria e formaliza a existência da nossa Companhia Municipal de Dança e nós votaremos favoráveis. Quero cumprimentá-los pela luta e pela conquista que teremos. Obrigado. Um abraço.

 

O SR. ADELI SELL: Obrigado, Ver. Ferronato. Que bom que a sua bancada, que bom que os dois Vereadores, que bom que mais bancadas, mais Vereadores, que o povo venha incentivar, venha dar guarida, venha ajudar a conquistar esse espaço real que já existe, num certo sentido, mas tem que ser formalizado, garantido através de uma legislação. Mais do que isso: temos que garantir os recursos necessários para a sua sobrevivência e a sua decência. Ninguém faz cultura apenas respirando o ar que, às vezes, quase nos é tirado pela poluição. Mas nós resistiremos, apoiaremos esta medida e estaremos juntos. Porto Alegre pode, Porto Alegre deve e Porto Alegre fará. Avante! Sucesso! Viva a Companhia de Dança de Porto Alegre! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, eu queria informar à Companhia de Dança que recebi o projeto agora e que até amanhã darei o parecer favorável para que seja votado na Reunião Conjunta das Comissões. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado, Vereador.

 

O SR. ELIZANDRO SABINO: Ver. Delegado Cleiton, na presidência dos trabalhos, eu quero parabenizar o trabalho realizado pela Companhia Jovem de Dança, um projeto desenvolvido pelas Secretarias Municipais. Eu falo aqui em nome da Bancada do PTB, trazendo os nossos parabéns pelo trabalho, Ver. Márcio Bins Ely, dizendo também que sou o Presidente da Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente aqui na Casa, e por óbvio, este tema que lida com crianças e adolescentes atende a realização de 21 apresentações, somando mais de 20 mil espetáculos, sete coreografias, envolvendo diversas escolas, contando com 35 professores, bailarinos. Olha, tem toda a nossa deferência, o nosso apoio, e quero dizer que nós estamos aqui trazendo, em nome do nosso partido, a nossa palavra de parabenização pelo trabalho realizado. Projetos como esses que envolvem crianças e adolescentes, que envolvem professores, que envolvem a área da educação e acima de tudo, salvando, resgatando a autoestima de nossas crianças e adolescentes, têm todo o nosso apoio. Um forte abraço em nome do PTB. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado, Vereador. Ver. Elizandro, o senhor fique sabendo que já existem 512 alunos nas escolas preparatórias, em cinco escolas. Isso reflete bem o belo trabalho efetuado pela Companhia de Dança.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, em nome do Democratas e por solicitação do Ver. Villela, em nome do Partido Progressista, nós queremos nos somar às manifestações de apoio que já ocorreram. Estamos confiantes na ação que será desenvolvida com a imediatez necessária por parte da Liderança do PMDB, que já se comprometeu a, com a maior velocidade possível, dar condição para esse processo vir à votação do plenário da Casa e, com toda a certeza, merecer, não só o apoio formal, mas o apoio material com a aprovação do projeto e, consequentemente, atendendo à solicitação feita e demonstrando de forma concreta o nosso apoio a essa ação em favor dessa atividade cultural tão benéfica para Cidade de Porto Alegre. Era isso, Sr. Presidente. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado, Vereador. Vejam a importância desse projeto; todas as bancadas tendo essa sensibilidade, vendo a importância desse projeto cultural para a cidade de Porto Alegre. Gostaria de saudar a presença do amigo Maricato.

O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. MÁRCIO BINS ELY: Ver. Delegado Cleiton, na pessoa de V. Exa., quero cumprimentar todos os Vereadores, o público que nos assiste nas galerias, na TVCâmara; quero fazer uma saudação especial a todo o elenco da Companhia Municipal de Dança. Fiz questão de me inscrever hoje – fui o primeiro a me inscrever, junto com o Adeli – porque acredito que a cultura é algo muito relevante, muito importante.

Sou pai de uma menina; minha filha tem 18 anos, e acompanhei muito sapateado, balé, apresentações. Casualmente, hoje, fui brindado com a noticia de que ela passou no vestibular.

Está aqui o livro do Washington Goulart, que nos pediu para fazer um projeto sobre o tango, aprovado na segunda-feira.

Fiz também outras iniciativas. Está ainda no forno, junto à nossa assessoria, um projeto sobre o balé. Fiz também um projeto de lei sobre a bachata, que é aquela dança junto com o merengue, da República Dominicana, e fui muito mal compreendido; inclusive, recebi muitas críticas da imprensa. Mas acho que, quando a gente acredita na cultura, Dr. Goulart – e dança é cultura, é saúde, é hierarquia e disciplina –, todas as iniciativas que possamos reunir e os esforços que possamos evidar no sentido de respaldar iniciativas como essa carta aberta, elas devem ser aqui registradas e louvadas pela nossa iniciativa. Tenho certeza de que falo em nome da bancada do meu partido, do Ver. João Bosco Vaz, que foi Secretário de Esportes; do Ver. Mauro Zacher, que foi Secretário da Juventude. Está aqui o Ver. Delegado Cleiton, que sabe o quão relevante e quão importante no combate à violência é a inclusão através do esporte e da cultura. Vereador, o senhor que é delegado, da nossa bancada do PDT, nós queremos nos solidarizar com essa iniciativa, cumprimentar todos aqueles que de uma forma ou de outra têm dado a sua contribuição. Eu li aqui, são 35 professores! Então, meus parabéns. Quero dizer que somos parceiros, sim, da música, da dança, da inclusão, do tradicionalismo, do carnaval.

Que maravilha, aqui, nesta tarde de hoje de trabalho, nós recebermos a Companhia Municipal de Dança, o seu elenco, abrilhantando os trabalhos e trazendo para nós esse debate a respeito do trabalho que vem sendo desenvolvido, especialmente a partir deste programa intensivo de complemento à formação em várias linguagens de dança. Eu mesmo, Ver. Cecchim, para dançar é um sacrifício. (Risos.) A gente sabe que, depois de uma certa idade, dois passos para um lado, um passo para o outro... De vez em quando, acontecem uns cursos de tradicionalismo, enfim, mas não é fácil. Mas eu queria dizer que é com muita alegria que eu venho aqui também fazer este registro e realmente desejar que nós possamos aprimorar, reforçar, reiterar esse trabalho, através da Secretaria da Cultura. Está aí o Maricato e toda essa representação que a gente sabe que existe no que diz respeito à integração, não só do Município, mas do Estado e da União, ainda mais em um momento em que se precisa reafirmar a importância da cultura no nosso País.

A gente tem visto, inclusive, alguns movimentos contrários à questão ministerial, extinção do Ministério da Cultura, que vem em prejuízo a esse esforço que vocês vêm fazendo. Nós queremos também nos somar e nos solidarizar, para que as coisas não retrocedam, ao contrário, para que elas possam evoluir e que realmente nós possamos restabelecer a dança como uma política prioritária, uma política pública prioritária no nosso Município, que possa também contemplar a dança. Então, fica o nosso registro. Pela atenção, Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Obrigado, Presidente, Ver. Delegado Cleiton. Eu quero cumprimentar também o Sr. Airton Tomazzoni, Diretor da Companhia Municipal de Dança de Porto Alegre. Eu sempre luto pela inclusão através do esporte, da educação, da dança; é uma inclusão de crianças, jovens, adolescentes, a favor da qual nós sempre lutamos. Então, tenham o apoio da bancada do PSB ao projeto de vocês, porque eu acho que isso é uma maneira de incluir as pessoas, de formar o cidadão, que é o que o Brasil busca. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra em Comunicações.

 

 A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Delegado Cleiton, fico muito feliz que a nossa querida Companhia de Dança, novinha, de apenas dois anos, já seja uma unanimidade, já esteja sendo recebida de maneira tão carinhosa e positiva pelo conjunto das bancadas. Parabéns! Isso significa a qualidade, o enraizamento e o significado que essa Companhia tem. Eu cumprimento a ti, Airton, a todo elenco; ao grupo coordenador; um abraço querido à Ilza, que trabalhou vários anos na nossa Casa e que, hoje, compõe a equipe técnica. Primeiro, quero dizer que era um sonho antigo, acalentado e dançado por muitos artistas, a maioria mulheres e um único homem. Eu fui assistir à celebração de dois anos da Companhia, e a sua persistência levou a termos hoje esse projeto que nasceu, com certeza, da arte e não de uma ideia iluminada da cabeça de um gestor. Eu já fiz aqui algumas intervenções, quando o projeto estava em pauta, reconhecendo isso. Nós, da oposição criticamos muito os Governos que aí estão, mas reconhecemos a realização da Companhia de Dança, e fiz esse reconhecimento em plenário, principalmente porque, se, por um lado, oferece uma seleção de profissionais com nível nacional e internacional, portanto, oferece um trabalho qualificado, resolvido financeiramente, não tão bem resolvido como nós gostaríamos, mas respeitando o trabalhador da arte, por outro lado, está valorizando muito os nossos professores e as nossas professoras que atuam lá na escola. Então, gosto muito de ver os nossos professores orgulhosos de estarem fazendo o seu trabalho pedagógico nessas cinco escolas, porque já temos núcleos de dança há mais tempo, temos profissionais de alta qualidade, que não tiram o pé da escola e que estão oportunizando aos nossos alunos o desabrochar do seu talento, a inclusão, mas que também se sentem profissionais valorizados, porque eles estão na Cidade, eles estão se apresentando nos palcos da Cidade, estão entre os melhores, estão nos bastidores, estão orgulhosos da Companhia Jovem – que eu também já assisti e já está maravilhosa –, o que mostra a competência dos nossos profissionais.

Quero dizer o quanto a nossa juventude, quando tem oportunidade, quando tem um trabalho sério, pode chegar a níveis excelentes. E mostra o quanto o serviço público, que está tão vilipendiado, o quanto o servidor público é essencial para a qualidade de vida para o desenvolvimento de política pública qualificada. A Companhia de Dança já carrega todos esses símbolos.

Quero dizer que o Ver. Airto Ferronato foi o Relator, mas eu sei que o orçamento foi construído a muitas mãos; o Ver. Cecchim será o Relator do projeto de lei, amanhã, em Comissões Conjuntas; o Vereador Líder do Governo, Ver. Mauro Zacher já priorizou, nós discutimos isso na Reunião de Mesa e Lideranças. Então, o projeto de lei será votado neste ano, ele virará uma política de Estado, já para garantir a transição, mas, mais do que isso, nós já temos a aprovação da emenda construída pela Companhia, pelo Relator e pela CEFOR, para os R$ 300 mil, que é pouco dinheiro, mas já está garantido no orçamento do ano que vem para a Companhia de Dança. A construção coletiva desta Casa, do Executivo, mas principalmente dos dançarinos, dos nossos alunos, tem que ser celebrada. Parabéns a vocês, que já viajaram pelo Brasil, já estão levando o nome da dança de Porto Alegre, que já ganharam patrocínio, e que estarão fazendo um lindo espetáculo, para o qual vou deixar o Airton convidar todos. Viva a Companhia de Dança de Porto Alegre! (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Boa tarde a todos e a todas, eu queria cumprimentar, Airton, em teu nome, claro, que apresentou a nossa Companhia Municipal de Dança de Porto Alegre, todas as bailarinas e todos os bailarinos, porque dançar é para todos os gêneros – acho que é uma importante constatação. Eu queria cumprimentá-los pelo trabalho, pela luta e pela verdadeira inovação que vocês estão fazendo na cidade de Porto Alegre. Eu acompanhei atentamente a tua apresentação. Em dois anos, é uma companhia extremamente recente, que tem bailarinas e bailarinos selecionados por audição pública em edital, valorizando esses profissionais, construindo junto com a SMED, com a cultura, dentro das nossas escolas municipais, grupos de jovens, que aprendem numa das mais belas artes que a humanidade já produziu, que é a dança. Muito possivelmente, boa parte dessas 510 crianças não teria condições de ter essa aprendizagem se não fosse esse projeto, se não fosse a atuação de vocês, se não fosse a luta, evidentemente, dos parceiros e parceiras, e, ao mesmo tempo, esse empenho para que, no Orçamento do ano vem, tenha os recursos previstos, para que a gente consolide como política de Estado essa iniciativa, para que não seja sujeita às turbulências e à suscetibilidade de governos que, infelizmente, enxergam os investimentos em áreas sociais e em áreas culturais como gastos. Lamentavelmente, essa tem sido a tônica no Brasil.

Ontem, no Congresso Nacional, nós tivemos aprovação de uma PEC que congela o futuro da nossa juventude e dos nossos pobres, que serão os mais atingidos com o congelamento de 20 anos nos gastos na saúde, na educação, na assistência e, obviamente, na cultura. Obviamente, na cultura! Nós temos, no Estado, um pacote que ataca o conjunto do serviço público e dos servidores, confiscando o 13º salário, e também extinguindo uma das poucas iniciativas culturais, como a nossa TVE, que é um espaço, primeiro, de muitos grupos que vão se apresentar, sejam da música, sejam da cultura de uma forma geral. No ano de 2016, tivemos o pior Orçamento da história da cultura no nosso Município, de todo o Orçamento do nosso Município, apenas 0,79% foi para a cultura, o menor percentual, em termos relativos, da nossa história. Então, para nós, manter projetos, consolidar no Orçamento, garantir essa política de Estado é preponderante, pela cultura, para que nós tenhamos novos bailarinos e bailarinas, para que o Salgado Filho não seja o destino da nossa classe artística e para que Porto Alegre valorize a sua prata da Casa, porque, infelizmente, é verdade, muitos artistas tiveram que sair daqui para ter seu trabalho reconhecido. Felizmente, estamos mudando essa concepção, e eu parabenizo os grupos artísticos que têm sido a vanguarda nessa luta para que a nossa Cidade e o Rio Grande do Sul reconheçam as nossas prata da Casa, para um projeto cultural para essa juventude e, também, para fazer uma concepção que tem a ver com a lógica do futuro. É verdade que nós vemos, todos os dias, as estatísticas, Ver. Alex, do aumento da criminalidade; e segurança, para nós, é uma área prioritária, Ver. Delegado Cleiton, que preside a Sessão, sempre na tribuna falando corretamente sobre os temas da segurança pública. Mas segurança pública tem que ser feita de forma preventiva, ela tem que ser feita de forma pró-ativa, ela precisa ter investimentos na educação, na cultura, na geração de empregos, na garantia de oportunidades para que a gente possa romper este círculo vicioso: a desigualdade social gera desigualdade informacional, gera segregação espacial e gera, sim, uma legião de jovens que são presas fáceis para o crime organizado. Então, nós precisamos romper essa lógica que vem sendo implementada nos últimos 30 anos e que só tem gerado mais violência, mais segregação e mais desigualdade. Portanto, nós precisamos de mais dançarinos, de mais leitores, de mais atores, de mais músicos, de mais coreógrafos, de mais ritmistas, de mais uma série de profissões da cultura para embelezar, por óbvio, a vida cultural da nossa Capital, para dar uma oportunidade para essa juventude e para construir um futuro que seja de plenitude e de direitos, e não de ataque às nossas conquistas. Parabéns para vocês. Contem comigo e com o Prof. Alex, vocês todos. Viva a CompanhIa Municipal de Dança de Porto Alegre! (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. JUSSARA CONY: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Eu vou começar de uma forma diferente, como tu falaste da Tony Petzhold, eu vou até a minha puberdade. Naquela época, a gente começava criança, ia para a puberdade e, depois, para a adolescência. Esse momento, o da puberdade, é o momento em que fazemos escolhas. Eu tinha três opções; a primeira delas, eu queria ser bailarina; a segunda, queria ser atriz; e a terceira, pianista. Não fui nenhuma delas pelas condições materiais da vida. Sou filha de ferroviário. Virei balconista das Lojas Renner, depois, funcionária de carreira da UFRGS, depois, farmacêutica, e, hoje, me considero, até pelas obras lançadas, e pelo reconhecimento, poeta.

Mas eu dancei na dança, através dos tempos. Na década de 1950, em dois espetáculos no Grêmio Náutico União, feitos pela Tony e todo o seu corpo de dança. A Tony Petzhold fica ali naquele finzinho, quase desembocando na Rua Barros Cassal, que ainda está lá com a sua neta. Já fui lá com o grupo Viva Palavras em momentos de saraus, e fui até os espaços onde nós ensaiávamos. Eu dancei o rock, porque nós tínhamos, no colégio, um grupo de rock, que dançava e abria os rinques de patinação que existiam naquela época na cidade de Porto Alegre. Dançamos o rock, foi o último, porque era o último do momento, a efervescência da aparição do rock no mundo; nós fomos os últimos a entrar, não posso me esquecer que entramos todos pela rampa, e eu fui escolhida para entrar de lambreta, que era do meu par. Tenho uma foto histórica dessa lambreta, na Semana da Pátria, quando também foi usada. Depois acabei dançando o frevo e o samba. Foi a glória, foi um momento como se tivesse sido completado um sonho, não completo, mas numa parte importante, porque acabei ali conhecendo aquele que foi o meu primeiro namorado e, depois, o meu marido, pai dos meus filhos.

A Tony Petzhold tem toda uma história que envolve o meu processo educacional, o meu trabalho, a vida que, enfim, optei por ter. E lá nós formamos um grupo que nunca mais se separou, porque a dança, a música, a cultura humanizam, aproximam. Vocês, hoje, estão aqui, e eu saúdo vocês com toda a ternura que existe nos sonhos, mesmo que eles não possam ser realizados, mas a ternura que existe quando a gente tem a oportunidade de ajudar a construir um sonho que vem de tanto tempo, que vem, por exemplo, de uma Tony Seitz Petzhold, que abria as suas portas para aqueles que não podiam. Acho que a imagem da Tony é uma referência para esta Casa, deve ser. Que bom que tu começaste a lembrando, porque o significado da cultura para a vida de homens e mulheres da dança... Eu, quando vejo uma bailarina ou um bailarino dançar, eu entro em percepções e em voos junto, porque é um voo de percepções, inclusive, da vida. Envolve tudo aquilo que tu disseste, uma cadeia produtiva, envolve a música, envolve a cultura, e isso tem que chegar ao povo.

Por isso quero deixar aqui, em meu nome e em nome do PCdoB, todo o apoio para que nós tenhamos, quinta-feira, a Reunião Conjunta das Comissões. A Companhia Municipal de Dança e os demais projetos...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. JUSSARA CONY: ...Quem sabe se, naquela época em que eu, menina, queria ser bailarina, se existisse uma companhia municipal de dança em Porto Alegre, eu não poderia ter sido? E esse é um sonho de milhares de jovens.

Então, não só a emenda orçamentária, mas também que nós possamos fazer a Reunião Conjunta das Comissões na quinta-feira, porque tem que ser aprovado nesta Legislatura. Eu não tenho certeza de que, na próxima Legislatura de Porto Alegre, o projeto que foi enviado por este Governo Municipal, pelo o Governo Fortunati, seja aprovado. Eu não tenho nenhuma certeza, porque não vou estar aqui, mas garantir que Porto Alegre...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. JUSSARA CONY: ...superar na saúde, na cultura, na educação a PEC da morte, que foi votada ontem no Congresso Nacional, que retira, que congela, por vinte anos, exatamente o aporte de recursos para as áreas que são estratégicas para a vida, inclusive lá na periferia para disputar as nossas crianças, para a cultura, para a dança e não deixá-las morrer no tráfico. Inclusive, quando Diretora Superintendente do Grupo Hospitalar Conceição, na Zona Norte, nós fizemos um convênio dos pontos de cultura e saúde – Ministério da Cultura e Ministério da Saúde. Uma bela experiência: cultura para além do espetáculo, saúde para além do biológico. E é com essa consigna de vários meninos e meninas que com esses pontos de cultura hoje...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. JUSSARA CONY: ...direito da cidade de Porto Alegre. (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Obrigado, Vereadora. A Ver.ª Jussara Cony só esqueceu de citar os momentos que nós dois bailamos nos corredores desta Câmara ao som do Porto Alex. Fiquei triste. Na oportunidade sofri alguns puxões de orelha dos meus filhos, já que estavas recém operada.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Eu não quis ir a tanto, Vereador, e o senhor me desculpe esquecê-lo, para que eu não tivesse que dizer que, apesar de não ter sido bailarina, eu sou uma ótima dançarina.

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Eu citei esse momento, porque foi um momento especial, e o que faz a dança? Transforma pequenos momentos em momentos especiais como aquele.

Querido amigo Airton Tomazzoni, nós tivemos alguns encontros nesta Câmara tentando transformar este projeto e, infelizmente, na época, recebemos um não. Mas eu vejo que esse não fortaleceu o sentimento desse grupo, e o parabenizo, não pararam no primeiro não. Em nome da arte, em nome do lazer, em nome da cultura, eu parabenizo você e este grupo de guerreiros dançarinos.

O Sr. Airton Tomazzoni está com a palavra para as suas considerações finais.

 

O SR. AIRTON TOMAZZONI: Realmente, como o Ver. Delegado Cleiton comentava, a gente fica bastante mobilizado emocionalmente neste momento e com essa coincidência de estar lado dele na Mesa, onde esta batalha pela oficialização do projeto de lei iniciou, levando seu primeiro não, o que, em vez de nos fragilizar, nos fortaleceu. Se estamos aqui hoje, é por uma série de batalhas e conquistas árduas e contínuas, de minha parte, especificamente, pelo menos desde 1995, acompanhando todas as Conferências Municipais de Cultura, muitas vezes como único delegado da dança participando dessas assembleias públicas da comunidade cultural. Com certeza, é uma batalha, como a Ver.ª Jussara Cony colocou, lembrando a Tony Seitz Petzhold e mais tantos bailarinos, bailarinas, coreógrafos e professores, que, sem apoio nenhum, mantiveram a arte da dança viva nesta Cidade, seja Lenita Ruschel Pereira, Vera Bublitz, Iara Deodoro ou o Instituto Sócio-Cultural Afro-Sul Odomodê, que, por décadas, vem mantendo, plantando e qualificando a formação e a produção criativa e artística de dança na nossa Porto Alegre. Se chegamos hoje aqui, com uma Companhia de dois anos – e quero parabenizar os que estão aqui para que continuem nessa batalha –, é porque tivemos, sim, um passado de lutas no qual nos agregamos e com o qual vimos nos alimentando para que, realmente, possa ser transformador este momento.

Eu ouvi cada uma das falas. Vou tentar não embargar a voz, porque são pronunciamentos com ênfase na defesa da Companhia. É bastante comovente porque brigar pela cultura é uma luta, talvez, das mais inglórias e da qual não vamos abrir mão. Como disseram vários de vocês, mas a Ver.ª Jussara agora no fim, vai muito além do espetáculo, a dança é um território que vai muito além do espetacular. Como a Ver.ª Jussara disse, é uma luta pela cultura, e eu diria que é uma luta pela vida. E neste momento que cada vez mais enfrentamos, acho que é uma luta afetiva e humana. Então, não é uma luta artística aqui simplesmente pelo aplauso, é uma luta por uma vida mais digna e humana. Então, o projeto da Companhia, das escolas preparatórias de dança, vem com esse intuito. E eu deixo aqui o convite a todos que não puderam acompanhar, nesse final de semana, sábado e domingo, no Auditório Araújo Vianna, a Companhia Municipal de Dança participa, a convite da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, do concerto de Carmina Burana, com o coro de mais de 120 vozes, com essa obra que é um patrimônio cultural da humanidade.

Então, agradeço realmente a sensibilidade e o apreço de todos por terem analisado esse projeto e estarem na sua defesa. Em nome da classe da dança de Porto Alegre, eu agradeço. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Apregoo o PR nº 058/16; o PLL nº 239/16; e o PLL nº 054/15.

O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores; Ver. Bernardino, eu escutei muitas vezes, daqui desta tribuna, V. Exa. reclamando dos azuizinhos. Hoje eu quero me penitenciar por não ter feito coro com V. Exa. quando dizia que os azuizinhos se escondiam atrás das árvores para multar. É verdade! Não me multaram, mas assisti, com muita tristeza, embaixo da freeway, quando está terminando a Assis Brasil, indo para Cachoeirinha, a um azulzinho e a uma azulzinha, um casal, no meio do mato, e, se eu não visse que estavam no meio do mato, com a câmera na mão, eu ia achá-los com uma atitude suspeita, os dois, mas eles estavam multando, onde termina a Assis Brasil e vai para Cachoeirinha, ou seja, caçando multas, criando multas, uma pouca vergonha! Aí o Sr. Cappellari, que eu acho que não deveria nem ter entrado neste Governo - o Sebastião Melo, certamente, perdeu muitos votos por culpa do Cappellari que devia de ter sido demitido antes e não esperar o Marchezan demiti-lo, como ele quis, porque não vai ser - pela incompetência, pela falta de orientação para o seu quadro, resolveu colocar um pardal desse tamanho! Aliás, eu queria fazer uma sugestão, de tão desmoralizados que estão os pardais e a EPTC, que se mude o nome de pardais para tucanos. Agora é tucano, não chamem mais de pardal, bota o nome de tucano! Um tucano desse tamanho na descida da Av. Plínio Brasil Milano, e sabem qual é a velocidade? Quarenta quilômetros por hora! Quarenta por hora! Sabem qual é a velocidade aqui da Cidade? Sessenta quilômetros por hora. E eu cansei de ver o Sr. Cappellari aqui dentro brigando para que o Sgarbossa não diminuísse a velocidade de sessenta para cinquenta quilômetros. Pois ele, o Cappellari, quando é para arrecadar, botou um tucanão com velocidade de 40 quilômetros num lugar desnecessário. Foi só o Secretário Mauro Zacher asfaltar a Plínio Brasil Milano... Eu agora entendi, não asfaltaram para melhorar o trânsito para a população; asfaltaram para colocar um pardal para multar. É um absurdo, Sr. Cappellari. Peça para sair antes do fim do ano. Faça um favor para esta Cidade já que não sabe rendar, ou pior, se é só para arrecadar, crie uma companhia de arrecadação e não uma companhia para assessorar o tráfego. Esses lá da Assis Brasil estavam multando lá na saída e logo na rótula que vai para o Porto Seco com uma fila infindável de caminhões, carros, faltando “azuizinhos” para orientar. Não orientam, são treinados para multar, mal-educados muitos deles, mas a culpa toda é do Cappellari, que se dobra para a corporação e tem esse espírito arrecadador. Ele é o verdadeiro pardal faturador, o Cappellari. Então, Sr. Cappellari, que colocou uma sinaleira na frente do Tumelero, depois que a rua saiu, e não trocou até hoje, por engano, não soube fazer isso - eu pedi durante quatro anos isso, e não fez, por teimosia dos seus asseclas, não fez nem isso. E só sabe botar pardais para multar. Tchau, querido! Tchau, Cappellari!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, eu até que gosto do Cappellari, Ver. Idenir Cecchim; eu só não gosto é da política da EPTC. Eu nunca fui contra a aplicação de multas. Eu cansei de fazer referência a isso. Eu acho que não tem nenhum Vereador aqui que é contra aplicar multa. Quem transgride as regras de trânsito tem que ser penalizado. Agora, que é um escândalo uma autoridade fardada ficar escondida... É um escândalo. Quando eu dizia que trabalhavam de forma dissimulada... Porque a entidade foi constituída para trabalhar fardada. Se está fardada, não tem por que ficar se camuflando. E o problema todo é o seguinte: é possível cada um de nós observarmos, se o objetivo é regrar, é auxiliar na educação do trânsito... Porque é, sim, auxiliar na educação do trânsito. O objetivo a gente nota claramente que é arrecadatório, porque, primeiro: pegam um automóvel e estacionam, Ver. Idenir Cecchim, em cima das calçadas, na frente dos imóveis em que os proprietários têm que pagar as calçadas. Já começa por aí. Deixam os automóveis da EPTC estacionados onde não é permitido estacionar. Colocam um aparelho dentro do automóvel e ficam ali a tarde toda ou a manhã inteira, o dia todo, vamos dizer assim, filmando quem ultrapassou aquele limite de velocidade, que, não raras vezes, é exatamente onde tem um certo declive, onde o motorista costumeiramente, vamos dizer assim, dá uma relaxada. Bom, se ultrapassou a velocidade, não tem como reclamar, tem, que ser multado. Agora, existem locais onde não há a necessidade de a velocidade máxima ser fixada em 40km/h. Então, é muito fácil de se identificar a política arrecadatória da EPTC.

E não é querer fazer uma defesa do Sr. Marchezan, que vai assumir o Governo daqui a alguns dias, ele ainda não tem Vereador aqui para fazer a sua defesa, eu vou fazer uma observação ao meu querido Ver. Idenir Cecchim: o seu candidato a Prefeito, nosso ex-colega Sebastião Melo, juntamente com este Vereador, enquanto ele foi Vereador e Presidente desta Casa, tomou a termo uma denúncia dos líderes do sindicato dos azuizinhos denunciando a pressão da diretoria sobre aqueles profissionais que não apresentavam um bom número de multas. Isso foi colhido a termo aqui na Presidência há mais de seis anos. Então, é do conhecimento, sim, do Executivo, do atual Governo, que há uma política interna na EPTC voltada, sim, para arrecadar. Não tem como negar.

Agora, por exemplo, daqui a uns dias nós vamos enfrentar um projeto que eu venho já há tempos defendendo, e eu vou dizer, Ver. Tarciso, que talvez o meu projeto precise de alguns reparos. Agora, nós não podemos aceitar que a EPTC coloque câmeras nos cruzamentos de Porto Alegre, nos mais distantes, nos mais sem segurança e fique multando nas 24h. Ao aceitar isso, nós estaremos colocando aos nossos condutores uma escolha: ou foge do assaltante ou foge da faca da EPTC. “Mas então, tu quer liberar todas as sinaleiras?” Não! Só que eu quero discutir isso, porque é muito fácil, nós estamos vendo assaltos nesta Cidade, neste Estado e no Brasil a todo instante, e aí, de repente, coloca num cruzamento um aparelho multando 24 horas. Vão querer exigir que o cidadão vá permanecer num cruzamento da Zona Sul ou da Zona Norte às 3h da manhã, esperando para abrir o sinal verde para passar? Por favor! Vamos discutir isso na semana que vem. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PROF. ALEX FRAGA (Requerimento): Presidente, solicito a transferência do período de Grande Expediente para a próxima Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Prof. Alex Fraga. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Venho a esta tribuna, Sr. Presidente, em Comunicação de Líder para chamar a atenção dos Vereadores e de uma forma muito particular das Vereadoras e dos movimentos organizados de mulheres. Porque mais uma vez a Câmara Federal, os conservadores da Câmara Federal, do Congresso Nacional, contestam uma decisão do Supremo Tribunal Federal. Aliás, eles contestam tudo aquilo que possa significar avanço, e aprovam, em materialismo, tudo o que possa significar atraso. É uma decisão do Supremo Tribunal Federal que eu considero inédita no Brasil e que pode provocar mudanças diferenciadas, inclusive respeitosas na discussão sobre o aborto na Nação Brasileira. A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal considerou que um parecer com base, eu creio, vou procurar aprofundar a leitura desse parecer, mas creio que em evidências científicas, considerou que o aborto até os três meses não é crime. Ontem isso ocorreu na Câmara, os conservadores contestando uma decisão do Supremo Tribunal Federal, no mesmo dia em que o País parou para acompanhar a tragédia com o avião da Chapecoense, que, aliás, entristeceu toda a Nação Brasileira e o mundo, porque o esporte, o futebol, a perda de vida de pessoas, ainda mais em uma tragédia, nos entristece, nos comove e nos coloca inclusive a refletir. E o Congresso aprovou a PEC 242, e o Senado a PEC 55. É quando o Governo Temer e esse Congresso põe a repressão nas ruas para impedir a mobilização popular, uma mobilização pacífica, justa e necessária, de mulheres, jovens, sindicatos, movimentos sociais, contra a PEC nº 241, ou PEC nº 55, que eu considero a PEC da morte, porque atinge setores estratégicos e políticas públicas fundamentais para a garantia da vida das pessoas, para a garantia, inclusive, do desenvolvimento do Brasil. É o mesmo Congresso que, após a decisão do Supremo Tribunal Federal, que revê o Código Penal de 1940 à luz da Constituição de 88, excluiu a incidência de crime quando a interrupção voluntária da gravidez é realizada no primeiro trimestre da gestação. Um passo importante para a descriminalização do aborto até o primeiro trimestre e avanço da compreensão de que há uma questão de saúde pública por falta, ainda, da implementação, na sua essência, de uma política integral de atenção à saúde da mulher. Creio que a Câmara já reagiu à decisão exatamente porque... O presidente da Casa foi quem fez isso, Rodrigo Maia, do DEM, criou uma Comissão Especial que pode incluir na Constituição uma regra clara sobre o aborto. Sempre que o Supremo legislar, diz ele, nós vamos deliberar sobre o assunto. Nós estamos num Estado de exceção mesmo: é o desrespeito aos Poderes constituídos, e a ingerência de um Poder sobre a decisão de outros Poderes. Não é o Legislativo que tem que fazer isso. Então, a Comissão instalada vai discutir, na realidade, sobre uma proposta de licença maternidade, que eu tenho certeza, vai ser para diminuir a licença maternidade, uma conquista das mulheres brasileiras, e vai inserir esse petardo aqui também, que é a contestação ao Supremo Tribunal Federal. Nós vivemos em um momento muito difícil, de atraso em conquistas históricas, e questionamento a essa decisão do Supremo Tribunal, que foi baseada em pesquisas e, fundamentalmente, na luta das mulheres.

Quero finalizar dizendo que são os Deputados e Senadores que estão congelando as verbas com políticas sociais e saúde. São eles. Hoje se revela e se encontra a necessidade de uma política, repito, de atenção integral à saúde da mulher. Não são os mesmos deputados que deram um golpe na Nação brasileira com a pecha de impeachment em uma mulher que não cometeu nenhum crime? Esses Deputados não têm moral para criminalizar...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. JUSSARA CONY: ...Poderia dizer que os mesmos Deputados e Senadores, que estão congelando, através da PEC nº 241, verbas para as políticas sociais como saúde, onde estaria e está incluída a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, e onde esta questão do aborto é discutida e tem que ser discutida e aprofundada, são os mesmos que deram um golpe na Nação. Eles não têm moral para criminalizar as mulheres, até porque, senhores, nenhuma mulher faz aborto por diletantismo ou para ver como é. O aborto sempre é algo muito doloroso para as mulheres que, pelas mais variadas circunstâncias, que ninguém tem o direito de atentar, porque só elas sabem, fazem o aborto. E quem fala isso aqui é uma mulher que teve cinco filhos e nunca precisou fazer aborto - mas eu não sou hipócrita. Então, se interpor a uma discussão do Supremo Tribunal Federal, que coloca, inclusive, num patamar...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. JUSSARA CONY: ...Não têm moral para isso, porque são Deputados que deram um golpe neste País, são Deputados aliados de Temer, que dão um golpe, que deram um golpe através de seus votos e que estão dando um golpe maior, retirando, congelando verbas para setores estratégicos, inclusive, para o desenvolvimento. Então, eu acho que essa decisão do Supremo Tribunal Federal é uma decisão correta, é uma decisão que tem, no mínimo, em outro patamar, a discussão sobre os direitos reprodutivos e sexuais das mulheres brasileiras.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, dizem que a roupa gaudéria é traje de gala, acho que o chimarrão serve como água para não tossir.

Ver. Adeli, vou falar em nome da nossa bancada sobre a iniciativa que estamos tomando, protocolamos hoje e vamos priorizar amanhã na reunião de lideranças, uma indicação ao Prefeito Municipal que sai e ao Prefeito novo sobre o IPTU. Nós temos duas vertentes de preocupação. Nós não achamos que os municipários devam pagar a conta do descontrole do orçamento público de Porto Alegre, porque temos uma avaliação clara de que não é o problema da crise econômica brasileira que atingiu a Cidade, porque ela está gastando mal; criou cargos em comissão desnecessários, secretarias desnecessárias e gratificações desnecessárias que aumentaram a diferença salarial de forma aguda e comprometeram as finanças públicas. Dizer que não vai dar desconto no IPTU por divergência entre os dois prefeitos e que isso poderá prejudicar os funcionários municipais, não nos serve e não aceitaremos de forma pacífica.

Estamos fazendo uma indicação para a qual esperamos o apoio de toda a Casa para que a Prefeitura retome, sim, o desconto do IPTU, não necessariamente o antecipado, mas o desconto para o pagamento integral do IPTU nos primeiros dias do ano de 2017. Porque, se de um lado, nós não aceitamos que os funcionários paguem a conta por esse desconto, de outro lado também não achamos que a população de Porto Alegre deva ser prejudicada perdendo o direito ao desconto, quando ela prioriza no fim do ano pagar de forma integral o seu IPTU. Todos os anos nós autorizamos. Óbvio que o Município tem que definir por isso, mas acho que esta Câmara deve, sim, se intrometer nesse tema; deve, sim, recompor o desconto para o primeiro e segundo dia de janeiro para quem pagar de forma integral, que é o desconto maior, depois até meados de janeiro tinha um segundo desconto, porque isso favorece o contribuinte, favorece os cidadãos de Porto Alegre, mas também favorece as finanças públicas, com certeza, porque a Prefeitura, recebendo antes, ela que capitaliza, que potencializa a política pública e poderá honrar seus compromissos.

Nós achamos que, pura e simplesmente, a opção que o atual prefeito fez de terminar com qualquer desconto, para antecipação de IPTU, ela é equivocada, prejudica funcionários municipais e prejudica o cidadão de Porto Alegre.

Não é preciso incorrer em nenhuma irregularidade ilegalidade, antecipando para este ano. Mas antecipando para o início de 2017 é perfeitamente possível e desejável e bom para todos os porto-alegrenses.

Eu tenho certeza, a categoria municipária já está mobilizada, nós estamos vendo nas redes sociais os municipários não vão aceitar a lógica do quanto pior, melhor, porque agora há uma transição de governo. Nós temos uma tradição – os municipários – de acompanhamento das políticas públicas com seriedade das políticas públicas, foi o que nós vimos há pouco na Companhia de Dança que é um grupo de 35 professores da rede municipal, que se envolvem com os núcleos de dança na escola, profissionais do mais alto gabarito. Quem assistiu a equipe jovem vai ver o que é o resultado do trabalho desses profissionais. Então esta qualidade técnica dos nossos trabalhadores municipais corresponde a uma atitude e uma atitude pró-ativa, combativa, participativa. E o Sindicato dos Municipários já chamou assembleia geral para o dia 13 de dezembro.

Então nós não queremos que os funcionários municipais tenham péssimas notícias no final do ano. Não queremos que os munícipes não tenham estímulo para pagar de forma integral. Nós queremos que a solução seja uma solução boa para todos. E nesse tema do IPTU, o desconto por antecipação, no segundo dia de janeiro e depois um desconto um pouco menor ainda em janeiro e fevereiro favorece o contribuinte, favorece a Prefeitura e as políticas públicas. Essa é a nossa indicação da Bancada do Partido dos Trabalhadores, e vamos priorizar para votá-la na semana que vem. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, falta um mês para terminar o ano, faltam 30 dias, e o governo José Fortunati/Sebastião Melo não terminou, por isso, em nome das oposições, venho aqui para fazer algumas cobranças, especialmente sobre as questões burocráticas que inventaram recentemente na Prefeitura. Já chamei a atenção aqui do Ver. Cecchim, do Ver. Valter Nagelstein, do Ver. Goulart, que foram Secretários da SMIC, porque nós criamos lá atrás, em 2003, o Alvará Provisório. Não fosse essa medida muita coisa em Porto Alegre não existiria, já é um atraso, imaginem se não tivéssemos criado essa modalidade para que os empreendedores pudessem fazer a documentação necessária para tocarem os seus negócios. Agora, depois da Endevor, uma organização não governamental, colocar mais de um milhão e seiscentos mil reais nos cofres da Prefeitura, você é obrigado a entrar no site para poder marcar uma ida na central de atendimento, para verificar se pode ou não colocar uma empresa e ter possibilidade ou não de um alvará. Gente! Em que país nós estamos?! Em que lugar nós estamos?! Isso não pode continuar. Quero fazer aqui um requerimento ao digno presidente da minha Comissão, a Comissão de Defesa do Consumidor, Ver. Thiago, precisamos marcar urgentemente, antes de concluir o ano, uma pauta sobre essa burocracia da Prefeitura que está acabando com os empreendedores de Porto Alegre. Discutimos recentemente e fizemos um acordo na Comissão de Defesa do Consumidor sobre alguns procedimentos de pessoas que têm irregularidades e até ilegalidades nos seus empreendimentos. No entanto, nós temos pessoas que buscam se legalizar, e a Prefeitura impede a legalização. E tem gente que você não pode falar nada. Fiz uma cobrança pública sobre a questão do Epahc, já veio um sujeito bater em mim, dizendo que eu queria fazer a mesma coisa que o Gedel queria fazer com o IPHAN. Mas que é isso, estão brincando comigo? Todos os processos agora, também não sei quem inventou de mandar para o Epahc. Tem que se mandar para o Epahc quando há um prédio listado ou tombado, Ver. Delegado Cleiton, e não simplesmente para saber se tem alguma coisa marcada no Epahc! Que coisa é essa? Que burocracia é essa? Que País é esse? Onde nós vamos parar? Não estou falando mal do Epahc, nem das pessoas, mas é claro que tem pessoas lá que sentam em cima dos processos! O Secretário Bulling me mostrou um print de um processo da SMAM que foi para a Epahc que eu mandei entregar em mãos, inclusive gastando gasolina da Câmara, e disseram: “Ah, não chegou aqui ainda”. Como não chegou aqui ainda? Então peça, mande buscar porque já está no computador do burocrata! Em vez disso, mandam explicação de como funciona. Porque não responde nos dois ou três dias que disse que demoraria? Agora estou fazendo um novo e-mail, na próxima segunda-feira vou começar a dar nomes e vou pedir que se abra sindicância, porque pode haver prevaricação nesse casos, ou não? Pode! Não estou dizendo que há, mas pode haver. Ver. João Bosco Vaz, a burocracia está matando a cidade de Porto Alegre, não se consegue tirar um alvará porque algum tem que entrar no sistema para marcar uma hora se nós inventamos o alvará provisório! E que foi usado pelo Sr. Dr. Goulart, pelo Cecchim, pelo Nagelstein! Para que isso? Nós temos uma vontade de acabar com o empreendedorismo em Porto Alegre que é impressionante! Mas coisas que não deveriam funcionar, que têm problemas ninguém fecha, ninguém faz nada. Eu estou indignado com a burocracia, com o descaso em relação aos empreendedores de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): O Ver. Dr. Thiago está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DR. THIAGO: Presidente, eu subo a esta tribuna para realmente externar a preocupação partidária do DEM do Rio Grande do Sul com a emenda específica que foi feita no sentido de frear, claramente, a Operação Lava Jato. O trabalho do Deputado Onyx Lorenzoni foi um trabalho exaustivo de ausculta de todas as partes, as partes que atuaram em todo o processo, um processo que tem passado o País a limpo e tem desvendado as situações de corrupção institucional mais profundas que a Nação apresenta. Nesta madrugada, ainda a Nação anestesiada pela situação ocorrida com o time de futebol da Chapecoense... Aqui faço uma breve saudação a toda a cidade de Chapecó, uma cidade onde a imigração gaúcha é muito presente. Eu, que morei ali perto, morei em Passo Fundo, na minha tenra idade, muito jovem, tive a oportunidade... Num dos primeiros jogos de futebol, Ver. Bosco, agora me lembro, quando na escolinha de meu colégio em Passo Fundo, o Instituto Educacional, tive a oportunidade de jogar em Chapecó, contra a Chapecoense. Naquela época, um clube que estava iniciando. Eu, infantil, do Instituto Educacional de Passo Fundo, e fomos até Chapecó jogar contra o infantil da Chapecoense, isso em 1978; um clube que surgiu para o mundo em 1973, estava iniciando, tinha cinco anos a Chapecoense. A minha saudação à cidade de Chapecó.

A Nação, anestesiada por esse episódio trágico, com requintes de crueldade, inclusive, pelos relatos que nos têm chegado, relatos de que, realmente, foi uma inabilidade completa de quem conduzia a aeronave, pelo menos os primeiros relatos mostram isso, mas a Nação ainda anestesiada por isso, acaba por ouvir hoje de manhã a votação, que ocorreu na madrugada, na Câmara Federal, no sentido de compor uma emenda - e nós sabemos aqui no Legislativo como funciona – que destrói todo o relatório construído, há meses, e que poderia qualificar, sem dúvida nenhuma e fazer com que tivesse sequência a operação Lava Jato. Então, é com muita tristeza e preocupação que acabamos observando isso.

É claro que os Poderes constituídos, todos, têm que ter freios, têm que ter medidas no sentido de reprimir ou diminuir uma autoridade completa dos seus agentes, mas não é no âmago desta legislação que vai se fazer isso. Certamente, que se quiserem fazer isso, tem que ser feito em lei específica daquela atividade. Nós vemos com profunda preocupação, nós vemos com muita decepção, inclusive, o País todos parece que está embebido, independentemente da corrente ideológica, as pessoas sérias deste País, os políticos sérios deste País estão embebidos desse sentimento de decepção, de profunda preocupação...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

O SR. DR. THIAGO: ...Porque a corrupção institucional tem que ser banida deste País, independentemente do partido do agente. Se for do DEM tem que ser punido, e essa tem sido a nossa posição. Nós não podemos ter corruptos de estimação; se a pessoa errou, utilizou o dinheiro público para uma má-prática, ele tem que ser responsabilizado e punibilizado. E qualquer manobra, qualquer emenda, qualquer lei que venha contra esse pensamento, tem que ser repelida por todos nós de forma muito séria e de forma muito veemente. É esta a posição do DEM.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2877/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 044/15, que altera o art. 3º e acrescenta o inc. V ao art. 4º da Lei nº 7.433, de 6 de junho de 1994, que – cria a Assistência Jurídica Municipal junto a Procuradoria-Geral do Município (PGM) – e dá outras providências.

 

PROC. Nº 2319/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 229/16, de autoria do Ver. Delegado Cleiton, que denomina Rua Valdecir Machado o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Cinco Mil e Sete, localizado no Bairro Campo Novo.

 

PROC. Nº 2370/16 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 055/16, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre ao senhor Germano Mostardeiro Bonow.

 

PROC. Nº 2416/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 236/16, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que inclui o evento Festival Internacional de Teatro de Rua de Porto Alegre no Anexo II da Lei nº 10.903, de 31 de maio de 2010 – Calendário de Eventos de Porto Alegre e Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre –, e alterações posteriores, no mês de abril.

 

PROC. Nº 2525/16 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 056/16, de autoria do Ver. Paulo Brum, que altera o art. 80 da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 – Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações posteriores, dispondo sobre as reuniões da Comissão Representativa.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1011/16 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 092/16, de autoria da Verª Fernanda Melchionna e do Ver. Prof. Alex Fraga, que proíbe a restrição, a limitação ou a suspensão, total ou parcial, dos serviços de internet contratados.

 

PROC. Nº 2485/16 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 027/16, que dispõe sobre o Conselho Municipal do Trabalho e Emprego (CMTE) e revoga o Decreto Municipal nº 17.390, de 18 de outubro de 2011. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 2536/16 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 029/16, que institui a Companhia Municipal de Dança (Cia. de Dança) de Porto Alegre, a Companhia Jovem de Dança (Cia. Jovem de Dança) e o Programa Escola Preparatória de Dança no Município de Porto Alegre.

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Não havendo quem queira discutir a Pauta, está encerrado o período de discussão de Pauta.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Solicito abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. João Bosco Vaz. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Não há quórum.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h33min.)

 

* * * * *